Consulta Médica

A busca pelo médico especialista em autismo.

A busca por um médico especialista no Transtorno do Espectro Autista, seja neuropediatra ou outro de sua confiança é o alicerce para o sucesso na jornada!

Apesar do diagnóstico do autismo ser realizado por um médico especialista, nem sempre é possível continuar o acompanhamento com o mesmo profissional que confirmou o TEA, por diversos motivos: consulta marcada com o primeiro que tinha agenda devido a urgência da situação, mudanças referente plano de saúde, mudança de cidade, indisponibilidade de agenda, entre outros.

Na minha jornada com o diagnóstico do Emanuel foi apenas no quarto neuropediatra que conseguimos permanecer com o acompanhamento, uma parceria que já vai para o quinto ano em 2021!

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O que quero trazer aqui é a importância de ter esse profissional de confiança, que além de esclarecer dúvidas e passar as orientações, seja alguém que OLHE a criança e não somente relatos e relatórios.

O que me encantou na médica que atende meu filho a ponto de indicar para outras pessoas que estavam na dúvida sobre o diagnóstico, foi que além de ser realmente inserida no estudo sobre o autismo e suas causas (sempre pesquise sobre o profissional antes de ir na consulta), a médica neuropediatra nos acolheu (pais desesperados que já sabiam que o filho tinha autismo), ela leu todos os relatórios que levei sobre o comportamento com outras crianças e as educadoras da creche que ele ficava, ela questionou e escutou nossos relatos sobre gestação e desenvolvimento, ela nos orientou sobre o que era o autismo e apresentou seus desafios e os caminhos a serem trilhados.

Podia ter parado por aí que já era uma abordagem muito diferente da que eu estava acostumada. Mas entre todas as ações listadas, uma consulta de mais de 1h, ela ainda sentou no chão onde o Emanuel brincava da sua maneira e fez diversas tentativas de interação por aproximadamente 15 minutos, ou seja, ela olhou para ele, seu comportamento e suas dificuldades de interações.

Essa empatia e dedicação foram muito marcantes para nós e considero fundamental no progresso de todo tratamento.

Não hesite em buscar um especialista que seja da sua confiança e esteja disposto a ser o “melhor amigo” da sua criança nessa longa jornada, porém inicie as intervenções indicadas assim que possível, mesmo que seja necessário buscar outro médico não espere para dar início às terapias.

A preparação para a consulta

Diferente da consulta com o pediatra que a gente vai por rotina ou porque a criança está apresentando sintomas naquele momento, a consulta com um médico especialista requer um preparo antecipado para melhor aproveitamento, pois nem sempre a criança vai apresentar para o médico o comportamento relatado pela família no momento da consulta.

Abaixo dicas para a primeira consulta:

  • Faça um breve resumo de como foi o período da gestação, se teve intercorrências, se houve necessidade de medicação ou cirurgias, anote o que lembrar sobre essa fase;
  • Faça um levantamento nos seus registros sobre os marcos de desenvolvimento da criança: quando sentou, quando começou a erguer/firmar a cabeça, quanto tempo tinha quando engatinhou e andou, se já fala algumas palavras quando iniciou a fala ou balbucio. Além de dados do nascimento como semanas, peso e altura. A carteirinha de vacinação é uma grande aliada nesse momento;
  • Se a criança da faz algum acompanhamento/tratamento é importante levar cartas ou os relatórios dos profissionais que acompanham a criança;
  • Se a criança estiver em idade escolar converse com o pedagogo/professor e peça um relatório sobre a aprendizagem e comportamento da criança em ambiente escolar (ou de educação infantil), se tiver disponibilidade leve algumas atividades realizadas pela criança;
  • Anote todas as suas dúvidas, se é uma primeira consulta leve anotado também todos os comportamentos ou queixas que levaram à considerar a possibilidade de ser autismo;
  • Se houver exames médicos como ressonâncias e tomografias é importante levar também pois permite uma avaliação mais ampla do desenvolvimento da criança.

De posse desses itens, chegue com antecedência para a criança se ambientar com o local, leve itens que possam manter a criança distraída/ocupada enquanto você conversa e apresenta todo esse material para o especialista.

Dica de ouro: nunca vá sozinha com a criança, se o pai não poder estar presente chame a vó, vô, tia, madrinha, amiga, vizinha, alguém que possa olhar a criança, oferecer as distrações e até um lanche se for necessário pois é um momento muito importante e que a mãe pode sair bem abalada (se não leu o primeiro post do BLOG confere lá minha experiência). No meu ponto de vista, ter alguém ao seu lado nesse momento de investigação/confirmação do diagnóstico além de confortante é mais seguro.

Não deixe de verificar o menu o que é autismo? do blog que traz mais informações sobre o TEA!

Se você têm outras dicas sobre a consulta com o especialista ou quer partilhar com a gente e outras famílias sobre suas experiências com consultas referente ao autismo, deixe seu comentário.

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